quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quando perdoar é necessário

Quero falar sobre algo muito importante e que tantas vezes é esquecido: se permitir errar e perdoar erros. Nós estamos aqui em busca de algo superior, há quem chame isso de perfeição, elevação espiritual, seja o que for estamos em busca de melhorar algo em nós. Somos seres celestes e para os celestes retornaremos ao final de nossa jornada terrena.
Perdoar é um processo mental e espiritual de cessar o sentimento de ressentimento, raiva, mágoa, orgulho contra outra pessoa ou contra si mesmo, proveniente de uma ofensa percebida, (in)diferenças, erros ou fracassos, ou cessar a exigência de castigo ou restituição. Perdoar é não pensar "você vai pagar caro por tudo isso". Utopia? Acho que não.
Ao contrário do Pai Celestial, que pode receber diversos nomes como Buddha, Meytreia, Jesus, Messias, Deus, Jeovah, não importa, não somos onipotentes, nem onipresentes. Não podemos estar e agradar a todos sob todas as formas e condições. Somos feitos de carne, ossos, espírito, emoções (elevadas ou não) e alguma sabedoria (nem sempre utilizada de forma devida).
Sabemos que erramos, erramos pouco ou muito. Todos os dias, de vez em quando. Mas erramos e o que importa é saber reconhecer o erro e tentar corrigi-lo. É reconhecer o erro e saber perdoar. “Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos quem nos ofende”, diz o Mestre Supremo. Que prossegue: “e não nos deixeis cair em tentação”. Não caiamos na tentação de errar sempre. Não caiamos na tentação de nunca perdoar. De usar o dom da fala, da sonoridade das palavras para pronunciar podridão. De usar a mente para pensamentos sombrios. De usar gestos para ameaçar e magoar.
A palavra, caro irmão, depois que solta ao vento percorre caminho que nossa mente desconhece. Cada palavra “maldita” percorre ruas e vielas sombrias que um dia retornam ao nosso coração e ouvidos.
Apenas quem erra e reconhece o erro, mas não recebe o perdão, sabe quão dolorosa é a chaga aberta no coração, na alma. Muita gente se cobra e cobra todo mundo porque não aceita seus erros. Cada ser irmão, cada ser é diferente. Nem mesmo os gêmeos são idênticos em suas emoções, ações e reações.
Querer acertar, fazer bem feito, não é a mesma coisa que não aceitar que se errou. Isto pode demonstrar muitas coisas dentre as quais sua insegurança. Insegurança em seguir em frente em busca do real. Insegurança em abandonar o passado e seguir rumo a uma vida melhor, um dia melhor, um sorriso no lugar do rancor, mágoa, inveja, ciúme.
Observe o seu erro. Observo o erro de quem está perto de ti. Um erro pode ser a porta para mudanças: um pedido de socorro, um pedido de atenção, carinho, uma pessoa que busca correção. Por que mantermo-nos no orgulho? Por que não aceitar e ajudar? Através da experiência do erro certamente crescemos se soubermos aceitar a lição.
Recorde o ditado popular “errar é humano, mas repetir o erro é burrice”. Então, prezado irmão, estaria você sendo burro em continuar errando em não praticar boas ações? Reflita. Errar com quem errou contigo é fazer aprender, pelo erro? Pense. Viver nem sempre é acertar.
Então só nos resta aprender! E isto só se adquire através da vivencia, da humildade para saber que é preciso aprender.
E você errou, perdoe-se! Perdoar é um sinal avançado. Isso demonstra que você tem compreensão. Perdoar a si mesmo cria laços de reconstituição e reconciliação. Ame-se e perdoe-se! Aplique o perdão! Transforme o que não fez direito e vai ver como é bom viver sem o peso de não saber o que é desculpar e ser desculpado.
Abraços fraternos e ótima semana.

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